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Abr 19

COMO SE PREPARAR PARA UMA VIDA PLENA E FELIZ

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O QUE É OCITOCINA?   

É um hormônio ligado a sensação de prazer, inclusive o sexual, e também tem a função de favorecer a liberação de outras substâncias como a endorfina, serotonina, na corrente sanguínea, intensificando a sensação de bem-estar e até mesmo a felicidade.

Produzido no hipotálamo, e secretado pela glândula pituitária, sua presença também promove a diminuição do cortisol, que é o hormônio do estresse. O cortisol também aparece em casos de dores, tanto física quanto emocional.

Nos estudos percebeu-se também que o hormônio testosterona, inibe a produção de ocitocina. Nesse sentido, faz sentido dizer que os tratamentos com essa substância, visando obter um corpo “sarado” e musculoso, pode inibir o prazer, seja o prazer pela vida e, até mesmo, o sexual, e por consequência, favorecer o vazio existencial? Importante ficar de olho não é mesmo?

Na Universidade de Bonn, Alemanha, os cientistas empreenderam uma pesquisa para entender melhor o impacto da ocitocina no corpo. Em um estudo realizado em camundongos, perceberam que, conforme variava a ocitocina, variava também o comportamento. Quando havia presença de ocitocina, aumentava o apego ao filhote. Já na sua ausência, corria o risco de canibalização dos mesmos, pois aumentava a agressividade. 

Jovens que se submetem a treinos pesados na incessante busca pelo corpo perfeito convivem frequentemente com desconforto e dores intensas, e lembra que dor produz cortisol que inibe produção de ocitocina? E a ausência de ocitocina aumenta agressividade e a intolerância? Neste sentido, cabe aqui recordar que, algum tempo atrás, ocorreu uma onda de violência no Rio de Janeiro, provocada pelos PitBoys – jovens que carregam o estereótipo de porte grande e corpo muito bem definido resultado de tratamentos à base de testosterona e muita atividade física.

O Neuroeconomista americano, Paul Zak, defende que a ocitocina é responsável pelas relações de confiança, aproximação da pessoas e criação de laços. Diz ainda, que funciona como “cola que une famílias e sociedade” e é um “importante regulador social”.

Observou nos seus estudos que países com a população apresentando taxas mais altas de ocitocina, são mais prósperos, tendo em vista que se configuram em sociedades, na qual é possível firmar contratos, confiar no profissionalismo, e que o outro não vai agir “egoisticamente”. Isso justifica a decorrência de uma maior vantagem em desenvolvimento econômico. Observou ainda, que nesses casos, a confiança, a empatia e a generosidade são mais presentes.

Ele garante que comportamentos, ou relacionamentos em que prevalece a transparência, a confiança e a reciprocidade, tem presença constante de ocitocina. Outra observação importante, é o quanto um ambiente de trabalho pautado nessas premissas pode ser produtivo e próspero.

- NEM TUDO ESTÁ PERDIDO, EXISTE SOLUÇÃO:

Conforme visto anteriormente, foi possível perceber o impacto da ocitocina no comportamento. Sendo assim, como estimular a produção da mesma?

Richard Davidson, Phd em Neuropsicologia, estudando sobre depressão e ansiedade, compareceu em um dos eventos de Dalai Lama, visando treinar a meditação para verificar o impacto, dessa prática, nos seus estudos. Inclusive, com análises laboratoriais percebeu-se o quanto a meditação é benéfica. O que é meditação ou como também é conhecida o mindfulness?

Conforme o seu criador, Dr. Jon Kabat-Zinn, mindfulness é um conjunto de técnicas simples e científicas que promovem a capacidade de contemplação, no qual desenvolve-se a habilidade de praticar o estado de presença que produz paz mental, clareza mental, autoconhecimento e autocontrole, acelera o processo de cura física, promove o desenvolvimento de hábitos saudáveis e contribui para uma vida mais plena e feliz. De acordo com testes em laboratório, foi possível perceber que em apenas duas horas de prática acontecem mudanças na estrutura cerebral do avaliado. 

Nessa ocasião, Davidson foi desafiado, por Dalai, a mudar o foco de seus estudos, voltando-se a entender melhor sobre a gentileza, a ternura e a compaixão.

Como não tinham estudos específicos nessa área, iniciou suas pesquisas praticamente do zero.

Para não contaminar a coleta de informações e seu diagnóstico, resolveu fazer suas análises em crianças: 

Primeira Situação: ela era estimulada a ajudar alguém que ela amava e que estava passando por problemas. Nesse caso, foi muito fácil. Prontamente a criança se colocava a disposição para essa tarefa.

Segunda Situação: a criança era estimulada a ajudar algum estranho, do qual ela não tinha nenhum afeto. Ações como ajudar a carregar uma sacola, oferecer um copo de água, e outras que pudessem contribuir para o estudo. Percebeu-se nesse caso que era ativada a empatia, ou seja, a habilidade de se colocar no lugar do outro.

Terceira Situação: a criança teria que ajudar alguém do qual ela tivesse algum desafeto. Geralmente alguém que a tinha repreendido, ou que tinha feito algo que lhe desagradasse. Ao ser estimulada nessa situação, percebeu-se que, a criança desenvolvia a compaixão. E quanto mais era exposta a essa terceira situação algo incrível aconteceu, o lobo frontal era ativado. E o mais interessante é que, quando essa área do cérebro entrava em atividade, aumentava também a imunidade dessa criança, e ela passava a usufruir de um nível de saúde in?nitamente superior, comparado aos outros grupos de crianças.

Na conclusão percebeu-se que a área da empatia é diferente da área da compaixão. Segundo ele, “a compaixão é um estado superior”.

Lobo frontal considerado por muitos especialistas como o grande administrador do cérebro. Essa foi a última parte do cérebro a se desenvolver. Essa área é  responsável pela fala e linguagem, formação da personalidade, formação de memórias, contribui para o direcionamento da atenção, habilidades motoras, motivação e inclusive contribui para um maior autocontrole frente a estímulos de terceiros.

A pessoa com o lobo frontal desenvolvido é uma pessoa amável, essa pessoa, tem compaixão, não sente inveja, é humilde. Ela não se sente melhor do que ninguém. Imagine o presidente de uma grande organização, o gerente, e o assistente de limpeza. O que os diferencia? Faz sentido para você que o que diferencia as pessoas é apenas o papel que cada um exerce? Que não existe ninguém melhor do que ninguém? Com essa consciência fica tudo mais fácil não é mesmo? 

Além disso, ter a compaixão desenvolvida, pode colocar a pessoa em contato com um propósito de vida muito mais elevado, gerando um sentido e significado maior para sua existência. E quem já está nesse nível, já transcendeu as exigências do ego, tornando a sua vida mais leve e feliz.

E olha que interessante! Davidson, percebeu que a compaixão e a ternura podem ser ensinadas para nossas crianças. Além disso, o desempenho escolar aumenta significativamente, bem como seu bem-estar.

Tendo em vista os efeitos da prática da compaixão, como o aumento do prazer, satisfação e felicidade, além de aumentar a imunidade melhorando os níveis de saúde, pode-se assegurar que ativar o lobo frontal produz ocitocina.

Sendo assim, que tal, pais, professores e cuidadores, promoverem e cultivarem experiências para suas crianças na qual elas tenham a oportunidade de desenvolver e ativar o lobo frontal e assim desenvolver a compaixão? E como visto, esse sentimento, aumenta a confiança, e assim teremos seres mais inteiros e fortes, além de resolver muitos casos de bullying nas escolas. Além disso, essa prática pode impactar positivamente na inibição do índice de suicídios, ao qual foi apresentado no início de nossa conversa.

"A pessoa com o lobo frontal desenvolvido é uma pessoa amável..."

 

DICAS PARA DESENVOLVER O LOBO FRONTAL E PRODUZIR OCITOCINA:

  1. Promover a prática do mindfulness para acelerar o processo de mudança.
  2. Estimular sua criança, ou até mesmo você desenvolver o senso de valorização e gratidão pelo que já está a sua disposição, assim, inibe potencial possibilidade de despertar inveja.
  3. E, por fim, mais prática de caridade, seja caridade moral ou material. Assim, cada vez mais, a compaixão tomará espaço dentro de você, contribuindo de maneiras infnitas para sua vida.     

*Artigo escrito por Silvana Macedo para a segunda edição da Revista Conexão Moderna 

Março 2019

 

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